O que um Psicólogo não pode fazer?

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Tempo de leitura: 10 minutos

O psicólogo não pode julgar, dar conselhos prontos, quebrar sua confidencialidade ou ter outras relações com você. Ele garante um espaço ético, seguro e acolhedor.

Poltrona em destaque, com balança da justiça e proibições borradas na parede.

Quando você busca ajuda psicológica, a confiança é a base de tudo. Para que essa relação funcione e seja segura, é essencial saber que existem condutas que um psicólogo não deve ter, garantindo um ambiente terapêutico ético e acolhedor.

Isso inclui a:

  • Proibição de quebrar o sigilo profissional;
  • Envolver-se em relacionamentos pessoais com o paciente;
  • Dar conselhos diretos ou julgamentos, e até mesmo;
  • Comportamentos que demonstram desatenção, como comer ou fazer outras tarefas durante a sessão.

Essas fronteiras não são arbitrárias; elas são cuidadosamente estabelecidas pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, um documento fundamental que guia a atuação de todos os profissionais da área.

Se você se deparar com alguma dessas condutas proibidas ou sentir que seu terapeuta está ultrapassando os limites éticos, é crucial saber como agir para proteger seu processo terapêutico e seu bem-estar.

Ao continuar a leitura, você terá acesso a informações valiosas que irão te ajudar a:

  1. Compreender a importância dos limites profissionais para a eficácia e segurança da terapia.
  2. Descobrir o que o Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece para proteger você.
  3. Conhecer as principais condutas explicitamente proibidas na prática psicológica.
  4. Identificar as 6 atitudes mais comuns que um psicólogo não deve ter durante o atendimento.
  5. Saber exatamente o que fazer caso um profissional exceda seus limites ou aja de forma antiética.

Os limites da atuação profissional

Quando você busca ajuda psicológica, espera encontrar um ambiente seguro, acolhedor e profissional.

Mas você já parou para pensar que, assim como em qualquer profissão, existem limites claros para a atuação do psicólogo?

A relação terapêutica é baseada na confiança mútua e no respeito às regras éticas.

Um bom profissional se pauta por princípios claros, visando sempre o bem-estar do paciente.

Entender o que um psicólogo não deve fazer ajuda você a identificar se está recebendo o cuidado que merece.

Sua saúde mental é preciosa e merece um suporte ético e dedicado. Se busca um espaço de acolhimento, agende sua terapia online conosco.


O que diz o código de ética profissional do psicólogo?

A Psicologia, como ciência e profissão, é regida por um conjunto de normas que visam proteger o paciente e a própria integridade da prática.

O Código de Ética Profissional do Psicólogo é o documento que estabelece essas diretrizes.

Ele não é apenas um manual de regras para os profissionais; é uma garantia para você, paciente.

Nele estão descritos os princípios fundamentais, as responsabilidades e, claro, as condutas proibidas do psicólogo. É a bússola que orienta cada atendimento, assegurando que o foco seja sempre o seu bem-estar.

Este código existe para que a relação terapêutica seja pautada pela ética, pelo respeito e pela confidencialidade.

Ele serve como um escudo contra práticas inadequadas e abusos. Agende sua terapia online e descubra como um atendimento ético transforma sua vida.


Principais proibições na prática psicológica

O Código de Ética do Psicólogo é bastante claro sobre diversas proibições que visam proteger a relação terapêutica e o paciente.

Algumas são mais conhecidas, outras nem tanto, mas todas são cruciais para um atendimento de qualidade e seguro.

  • Quebra de sigilo: O psicólogo não pode, em hipótese alguma, divulgar informações do paciente sem autorização legal ou expressa.
  • Relações duplas: É proibido manter outros tipos de relacionamento (amizade, comercial, amoroso) com o paciente.
  • Aconselhamento direto: O profissional não dá conselhos ou diz o que o paciente deve fazer, mas sim o auxilia a encontrar suas próprias respostas.
  • Julgamento ou discriminação: Qualquer forma de preconceito baseada em raça, gênero, orientação sexual, crença, entre outros, é inadmissível.

Conhecer essas condutas proibidas do psicólogo ajuda a garantir que seu processo terapêutico seja sempre respeitoso e ético.


6 coisas que um psicólogo não pode fazer durante um atendimento

Além das normativas mais formais do Código de Ética, existem condutas que, mesmo não sendo sempre alvo de processos formais, são inaceitáveis e demonstram falta de profissionalismo.

Elas quebram a confiança e desvalorizam seu tempo e investimento. Fique atento a estas atitudes:

Alimentar-se na frente do paciente

Imagine ir a uma consulta e o profissional está comendo um sanduíche ou mastigando chiclete. Incomum, não é?

A sessão de terapia é um espaço de escuta e atenção exclusiva. O foco deve estar totalmente em você.

Quando o psicólogo se alimenta, ele divide a atenção, cria um ambiente informal excessivo e até mesmo gera desconforto.

Não se trata de uma simples falta de educação, mas de uma quebra da seriedade e do respeito que o momento terapêutico exige.

Esse tipo de atitude mina a confiança e a sensação de ser priorizado na sessão, comprometendo o objetivo da terapia. Lembre-se que seu tempo é valioso.

Fazer outras tarefas em sessão

O que você acharia se fosse ao médico e ele te atendesse mexendo no celular ou respondendo e-mails? É inimaginável, certo? Na terapia não é diferente.

Um psicólogo não pode usar o tempo da sessão para:

  • Resolver problemas pessoais;
  • Responder mensagens;
  • Navegar na internet ou;
  • Fazer qualquer outra atividade que desvie sua atenção.

A escuta terapêutica exige presença plena e dedicação. Quando o profissional se distrai, ele perde informações importantes, demonstra desinteresse e, acima de tudo, desrespeita o paciente.

Você merece total atenção e foco. Um atendimento de qualidade é aquele onde você se sente ouvido e valorizado.

Quebrar o sigilo profissional

O sigilo é a espinha dorsal da relação terapêutica. Tudo o que é dito na sessão, seja sobre seus medos, desejos ou histórias de vida, é estritamente confidencial.

O psicólogo não pode comentar seu caso com amigos, familiares ou até mesmo com outros profissionais sem a sua expressa autorização, a não ser em situações muito específicas previstas em lei (como risco iminente à vida).

A quebra de sigilo é uma das mais graves condutas proibidas do psicólogo e terá consequências éticas e legais sérias.

Ela destrói a confiança e o ambiente seguro. Se você não se sentir seguro para falar, o processo não avança. Exija essa garantia, ela é um direito seu.

Estabelecer relacionamentos pessoais ou íntimos

A relação entre psicólogo e paciente é profissional e terapêutica, e assim deve permanecer.

É expressamente proibido que o psicólogo estabeleça qualquer tipo de relacionamento que fuja a essa natureza, seja de amizade próxima, comercial, ou, ainda mais grave, amoroso ou sexual.

Isso comprometeria a imparcialidade do terapeuta e criaria um conflito de interesses que prejudicaria imensamente o processo terapêutico.

O profissional que age assim se aproveita de uma posição de vulnerabilidade do paciente.

Essas são condutas proibidas do psicólogo que ferem a ética e a integridade da profissão, resultando em graves danos ao paciente. Se isso ocorrer, é um sinal claro de abuso.

Dar conselhos diretos ou “resolver” a vida do paciente

Muitos buscam a terapia esperando que o psicólogo diga o que fazer, como se fosse um guia que dará todas as respostas. Contudo, essa não é a função do profissional.

O psicólogo não pode e não deve dar conselhos diretos ou decidir por você.

Seu papel é ajudar você a se conhecer melhor, a explorar suas emoções, a identificar padrões de pensamento e comportamento, e a desenvolver suas próprias ferramentas para tomar decisões. O objetivo é a sua autonomia.

Se um terapeuta tenta ditar sua vida ou oferece soluções prontas, ele está indo contra os princípios da Psicologia e limitando seu crescimento pessoal.

Condutas proibidas do psicólogo incluem a anulação da capacidade do paciente de construir suas próprias soluções.

Julgar o paciente ou impor valores pessoais

O consultório psicológico deve ser um santuário de não-julgamento. O psicólogo não pode impor suas crenças, valores morais, religiosos ou políticos sobre o paciente.

Seja qual for sua história, sua orientação sexual, suas escolhas de vida, o profissional deve manter uma postura de acolhimento e neutralidade.

Julgar o paciente ou tentar convertê-lo a uma determinada visão de mundo fere profundamente a ética profissional e o princípio de respeito à singularidade de cada indivíduo.

É fundamental que você se sinta à vontade para ser quem você é, sem medo de ser avaliado.

Se perceber qualquer sinal de julgamento, isso é uma das condutas proibidas do psicólogo e merece sua atenção.


O que fazer caso o psicólogo exceda seus limites?

Se você identificar alguma das condutas proibidas do psicólogo ou sentir que o profissional está agindo de forma antiética ou inadequada, é seu direito e dever agir.

Em situações de menor gravidade, tente conversar abertamente com o terapeuta sobre seu desconforto, se sentir-se seguro para isso.

Para casos mais sérios, como quebra de sigilo ou abuso, não hesite em procurar o Conselho Regional de Psicologia (CRP) do seu estado.

Eles são os órgãos fiscalizadores da profissão e estão lá para proteger você, investigando denúncias formais.

Lembre-se: sua saúde mental e seu bem-estar são prioridade. Não se sinta obrigado a continuar com um profissional que não respeita os limites éticos.

É aceitável, e por vezes necessário, trocar de terapeuta para encontrar o suporte adequado. 


Perguntas frequentes

  1. Um psicólogo pode receitar remédios?
    Não, psicólogos não são médicos e não podem prescrever medicamentos.
  2. Ele pode quebrar o sigilo da sessão?
    Apenas em risco de vida, dano grave ou por ordem judicial.
  3. O terapeuta pode me julgar ou criticar?
    Não, o papel é acolher, não julgar suas escolhas ou valores.
  4. Ele pode garantir que vou me curar?
    Não, o psicólogo não pode prometer curas ou resultados específicos.
  5. Pode ser meu amigo ou ter outro tipo de relação?
    Não, para manter a imparcialidade profissional e ética.
  6. O profissional pode me atender enquanto mexe no celular?
    Não, a atenção deve ser exclusiva e focada em você durante a sessão.
  7. Ele pode me forçar a fazer terapia?
    Não, a participação deve ser voluntária e consentida pelo paciente.
  8. Pode me obrigar a seguir seus conselhos?
    Não, o papel é guiar, não ditar suas decisões de vida.
  9. Um psicólogo pode discriminar alguém?
    Não, deve atender a todos com respeito, sem preconceitos.
  10. Ele pode me dar diagnósticos sem avaliação?
    Não, um diagnóstico requer avaliação cuidadosa e profissional.
  11. Pode me encontrar socialmente fora da terapia?
    Geralmente não, para preservar a neutralidade da relação terapêutica.
  12. Pode atender um familiar ou pessoa muito próxima dele?
    Não, a ética proíbe para evitar conflitos de interesse.
  13. Ele pode falar sobre mim com outras pessoas sem permissão?
    Não, a confidencialidade é rigorosa, exceto em casos específicos.
  14. Um psicólogo pode explorar financeiramente o paciente?
    Não, a cobrança deve ser justa e transparente, sem exploração.
  15. Pode prometer soluções rápidas para meus problemas?
    Não, o processo terapêutico é gradual e respeita seu tempo.